Tuesday, December 29, 2009

Monday, September 28, 2009




Tuesday, April 15, 2008

Sunday, August 12, 2007

O Tao da subversão

O Tao da subversão

A arte de ser perigoso e discreto ao mesmo tempo

1. Levantar uma bandeira é se tornar um alvo fácil. Imagine o quanto é útil para um sistema de controle que todos os seus inimigos declarem expressamente suas intenções e levantem bandeiras vermelhas para mostrar precisamente seu número e localização. Além disso, contanto que fiquem apenas gritando e expressando sua revolta, eles são inofensivos. E se eles encherem demais o saco o sistema de controle sempre pode dar algo descartável para eles morderem. Se não pode mudar radicalmente a sociedade jogando o jogo deles. Identificar todos os descontentes e deixá-los aliviarem sua raiva atacando um prédio ou um fantoche com cara de bobo ao invés de atacar a visão de mundo que sustenta todo sistema de controle é a grande defesa da civilização.

2. Ler e escrever nas entrelinhas. Quem terá deixado de notar que o que os políticos dizem raramente é o que realmente pensam? Eles protegem seu real discurso e suas reais intenções por detrás de um discurso falso sobre justiça social e coisas assim. Apenas aqueles que conhecem o político em sua intimidade sabem seu verdadeiro discurso. Mas se por um lado não podemos dar bandeira, por outro não podemos nos esconder numa nuvem escura de retórica, como eles fazem. A solução é ler e escrever nas entrelinhas. Nada como uma metáfora ou uma boa ironia para passar a mensagem.

3. Plantar dúvidas. Além de precisarmos expor com clareza as implicações por debaixo dos discursos dominantes, é preciso que eles também evitar criar um novo discurso dominante, ou potencialmente dominante. E que discurso não é potencialmente dominante se você tem uma boa retórica? Se você usa os termos deles, você cai no jogo deles. Se você cria um termo muito bom e se apega demais a ele, eles vão se apossar do seu termo e transformá-lo em algo inofensivo. Certezas são difíceis de mostrar e fáceis de abalar. Já dúvidas são fáceis de ser plantadas, e difíceis de ser resolvidas. Alguns governantes e empresários sem senso de estratégia ainda acreditam que agitadores são realmente perigosos, e isso faz com que eles se sintam perigosos. Mas os mais experientes não têm medo porque sabem que agitadores apenas agitam as coisas, não são realmente perigosos.

4. Compreender pela ação. As únicas pessoas que vão entender o que queremos fazer são as pessoas que acompanham nossas ações de perto, e são as únicas que precisam entender. Pessoas confiáveis e próximas a nós. Pessoas com as quais podemos comunicar nossas ações sem dizer quase nada. Se eles quiserem descobrir meus planos, que eles contratem um telepata, e não um hacker.

5. Ação pela não ação. Muitas não ações podem ter mais efeito que as ações. O imposto que você paga vai direto para a construção de armas do sistema de controle. Não há neutralidade. As pessoas que estão "apenas levando a vida" são as grandes contribuintes do sistema. Há muitas coisas que fazemos automaticamente que são complemente desnecessárias para sua vida, mas muito necessárias para a manutenção do sistema.


6. Divergir e divertir. Divergir significa não ficar apenas tentando a mesma estratégia de novo, de novo e de novo. Você não precisa apoiar todos que dizem ser contra o sistema, mas também de nada adianta se opor a ele porque eles são "traidores" ou simplesmente não fazem a mínima idéia do que estão fazendo. Não é xingando seus amigos que você vai atacar o inimigo. Também precisamos nos divertir. É certo que não é nada divertido ver o mundo ser massacrado pelo sistema de controle, mas uma estratégia divertida é mais efetiva que uma estratégia monótona e previsível. Lembre-se que divergir e divertir tem tudo a ver com diversidade.

7. Sabotagem. Você pode fingir cooperação, quando na verdade está ganhando confiança para depois sabotar projetos de dominação. Mas eles também podem fazer isso, e depois que eles descobrirem seu truque eles vão ter um truque a mais para usar. A sabotagem é mais efetiva quando feita não como algo puramente técnico, mas como uma obra de arte a ser apreciada. Uma obra de arte não pode ser copiada sem perder o valor, já uma técnica pode.

Wednesday, June 27, 2007

http://www.edwardburtynsky.com/

Friday, March 30, 2007

Estudando evolução, aprendi que ela não visa fins. O que quer dizer que, o que quer que aconteça, poderia ter sido diferente. A vida surgiu, mas poderia não ter surgido. Sobreviveu por milhões de anos, mas poderia não ter sobrevivido. Nada está predeterminado, é tudo tentativa e erro. Acho que o que aconteceu com a civilização foi uma tentativa como qualquer outra, se é falha ou não cabe a nós decidir. Temos que questioná-la se realmente DESEJARMOS algo diferente. Não é que a civilização seja maligna, ela apenas não funciona para nossa condições. Em outras condições poderia ter funcionado, alguns insetos vivem quase como nós, consumindo tudo e indo embora. Os motivos pelos quais a civilização não funciona não eram conhecidos ANTES da civilização, por isso não podemos "culpar" os "criadores" da civilização. Devemos admitir agora a nossa responsabilidade em mantê-la. Por exemplo, se a civilização extingue 1 espécie a cada 20 minutos, somos responsáveis por isso, porque poderia ser diferente. Não podemos achar que isso é um fardo do destino, nós escolhemos continuar extinguindo essas espécies a partir do momento em que percebemos que isso estava acontecendo graça ao nosso modo de vida e não fizemos nada para mudá-lo, apenas inventamos desculpas e jogamos culpas uns nos outros.

Se a civilização fosse uma conquista biológica, nem sequer poderíamos criticá-la. Mas como é cultural, podemos SELECIONÁ-LA à maneira da natureza, ela nos deu essa capacidade quando nos deu cérebros. Porém, essa cultura também se faz crer necessária, ela se coloca como a coisa mais importante do mundo. Nós demos a ela essa capacidade, seja por querer ou não. Ela nos tira do papel de seres humanos e nos coloca no papel de civilizados, ou seja, se não formos civilizados não seremos nada. É uma armadilha, a cultura se tornou um parasita da mente humana. Que não o mata, mas cada vez mais drena toda sua energia para sua própria permanência. Não pode durar para sempre. No universo acontecem coisas assim, que tomam conta de tudo, quase da assalto. A luz, por exemplo, tomou conta do universo que era escuro. A vida em nosso planeta é outro exemplo. Não podemos dizer se essas coisas, a luz, a vida ou a própria espécie humana, são benéficas, maléficas ou se "funcionam". Só podemos criticar o que nós mesmos criamos. Acho que cada vez mais a civilização se torna algo indesejável, ela está cada vez mais desesperada para sobreviver, ameaça nos puxar para o abismo com ela. É como largar um vício. É a criação matando o criador. Mas é evitável. Se não fosse, a vida teria se extinguido no primeiro "erro". Sua capacidade de seleção é também uma capacidade de correção. Temos essa capacidade para tudo que criamos. Só não podemos achar que "corrigir" a civilização significa apenas evitar os efeitos, porque não iremos muito longe com isso.

janos biro

Tuesday, March 27, 2007

Soy Libre!!!

Soy Libre, Soy Bueno

Unos ojos estoy viendo,
Por esos ojos me muero.
Soy libre,Soy bueno
Y puedo querer.
Me han dicho que tiene dueño,
Y así, con dueño, los quiero.
Soy libre! Soy bueno!
Y puedo querer.

Quisiera cruzar el río
Sin que me sienta la arena.
Soy libre, Soy bueno
Y puedo querer.
Al Diablo ponerle grillos,
Y al amor unas cadenas.
Soy libre, Soy bueno
Y puedo querer.